COMUNICADO:
Caros Pilotos e seguidores do CPD,
Nos próximos dias 19 e 20 de junho seria a altura de dar início à época 2021 do Campeonato de Portugal do Drift com a prova no Eurocircuito de Lousada. Tudo está preparado para tal, toda a comitiva está com uma enorme vontade de voltar aos circuitos, mas eis que nos surge um volte-face que faz mudar completamente o cenário da realização da prova.
Foi-nos comunicado pela Srª Delegada de Saúde o seguinte texto que transcrevemos e que faz alusão às novas regras de presença de público nos eventos desportivos, regras saídas da Resolução do Conselho de Ministros n.º 74-A/2021:
Citando,
“No Comunicado do Conselho de Ministros de 2 de junho de 2021 é referido que “prossegue a estratégia de levantamento de medidas de confinamento no âmbito do combate à Pandemia” (…) “A partir de 14 de junho eventos desportivos com público nos escalões de formação e modalidades amadoras com lugares marcados e regras definidas pela DGS e a partir de 28 de junho eventos desportivos dos escalões profissionais ou equiparados”. Assim sendo, considera-se que naquelas datas já será possível a presença de público em competições desportivas. Uma vez que, tal como refere no email enviado, a modalidade de Drift é uma modalidade federada, é extemporâneo promover a
iniciativa proposta em data que não está de acordo com as determinações legais.”
Fim de citação.
Posto isto, o Clube Automóvel do Minho promoveu uma discussão com a DGS sobre esta matéria (assim como em fóruns internos) por não compreender a razão de:
1) Classificarem a modalidade de Drift como modalidade profissional, uma vez que nenhum dos pilotos faz destas provas de pilotagem a sua profissão;
2) As modalidades amadoras, supostamente com menos meios financeiros, menos recursos humanos e até menor
experiência serem prioritárias na receção de público nos seus recintos em relação a clubes profissionais que dispõem de outra robustez para aplicação de medidas de saúde pública apropriadas às circunstâncias em que vivemos;
O nosso jurídico considera que nem todas as modalidades federadas têm de ser profissionais. Mas a indicação do IPDJ, que diz que o Drift é modalidade profissional, tem de ser aceite neste momento, ou contestada durante esta próxima semana, embora sob pena de uma resposta nunca surtir efeito em tempo útil.
Na sequência das comunicações com a DGS foram sugeridas pelo CAM medidas adicionais para viabilizar a prova, tais como:
a) questionário de preenchimento rápido sobre as condições de saúde dos espectadores.
b) Marcação de lugares com distanciamento apropriado
c) Redução da lotação para 25%
d) Salas de isolamento
e) E até anular a cerimónia de entrega de prémios nos moldes habituais
A resposta às nossas solicitações foi negativa como podem ver pelo texto acima, sugerindo a DGS a realização da prova para depois de 28 de junho. Equacionámos fazer na mesma a prova com bastante sacrifício financeiro nosso, e alguns sacrifícios que iriam ser propostos aos pilotos e outras entidades envolvidas dos quais destaco:
i) ausência de GNR para corte de estrada que obrigaria a colocar o parque de assistência dentro do circuito, na terra, para evitar a circulação na estrada;
ii) ausência de speaker e sistema de som
iii) redução do livestreaming para 1 só dia
iv) anular a nossa colaboração com instituição de cariz social
v) reduzir o nr de assistentes a 4 por piloto
vi) suspender a entrega de prémios monetários previstos
Estamos cientes que este esforço de fazer a prova sem público traria credibilidade ao projeto. Sabemos que sim. A comitiva do CPD está carente de notícias e de criar “ruído” com provas. Mas esse mesmo esforço aniquilaria financeiramente o projeto pois o Promotor começaria o ano com um prejuízo de alguns milhares de euros, que forçosamente teriam que ser recuperados até ao final da época, com impacto na qualidade desta e das provas seguintes.
É com enorme pesar que, depois de feitos os nossos estudos, não podemos avançar com uma prova que em vez de criar valor para a modalidade e para o clube, vai criar um enorme prejuízo a este último levando a uma repercussão significativa nos próximos meses. Propomos que a prova de Lousada se realize depois de 28 de junho, num dos fins-de-semana seguintes:
• 3 e 4 de julho (sim sabemos da existência da Volrace)
• 10 e 11 de julho
Paralelamente, e porque sabemos que 3 provas em 2 meses pesam no vosso orçamento, propomos (aos pilotos que precisem) parcelar as 3 inscrições de julho e agosto até ao fim do ano 2021, além de vos apoiar financeiramente com os resultados da bilheteira (por exemplo, 60% do valor dos bilhetes acima de 2000 espetadores em Lousada revertem para os pilotos inscritos no CPD (a estudar a forma de entregar este valor).
Isto nunca foi dito, mas a título informativo o CAM já tem feito alguns esforços. A subida de preços do seguro da FPAK não foi refletida nos preços das inscrições. O CAM amorteceu parte dessa subida para não penalizar os pilotos.
Com isto quero dizer que acredito no Campeonato, e acredito que o CPD e os seus pilotos merecem que a festa se faça condignamente. Merecem que o Campeonato não comece com o pé esquerdo e essa mesma festa deve fazer-se com público nas bancadas e com todas as condições que os que apostaram em vocês também merecem.
Foi só uma batalha, mas a guerra será nossa.
Saudações desportivas e um bem-haja pela vossa compreensão.
Tiago Braga da Cruz
Clube Automóvel do Minho
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