Foi com céu pouco nublado e temperaturas baixas que Sever do Vouga viveu as emoções quentes da Taça de Portugal de Ralicross
Tarde repleta de emoções fortes em Sever do Vouga nesta edição de 2022 da Taça de Portugal de Ralicross by Transwhite, com os sete títulos a serem discutidos com muito afinco em todas as categorias.
Com José Oliveira e Mário Barbosa em pista, a Super Cars apresentava-se à partida como a única prova em que a Taça iria garantidamente para as mãos de um Campeão. Restava apenas saber se Sever do Vouga veria o Campeão em título da categoria assinar a dobradinha, ou se a Taça iria para o Campeão dos Super 1600. Com o apagar das luzes, a partida canhão de Oliveira e a liderança inicial ainda levou a crer que a Taça ficaria para o homem do Peugeot 208. Contudo, a pressão muito forte de Barbosa desde o início e um erro de Oliveira no final da segunda volta acabaram por se revelar decisivos.
De regresso aos comandos de um Citroën DS3, o Campeão de Super 1600 não perdeu a oportunidade e saltou de imediato para a frente da corrida onde, com a pista totalmente livre à sua frente, tratou de cavar um fosso significativo para Oliveira. De tal forma que nem mesmo aquando da passagem obrigatória pela Joker Lap viu a liderança colocada em causa. Uma prestação perfeita que permitiu a Barbosa juntar a Taça de Ralicross de Super Cars de 2022 ao título de Campeão de Portugal de Ralicross Super 1600.
Antes disso, e com uma partida muito renhida nos Iniciados, Rafaela Barbosa impôs-se a Duarte Camelo e Guilherme Nunes, para entrar na primeira curva na frente, mas pouco depois acabou por se ver batida pelos dois rivais na sequência de um toque na curva 2. Não se dando por vencida, a piloto manteve ritmo forte e cedo tratou de ir à Joker Lap. Contudo, e já com o Campeão em título Duarte Camelo fora de prova devido a problemas nos travões dianteiros, Nunes aumentou significativamente o andamento para acabar por vencer a Taça de forma confortável, com Rafaela a terminar na segunda posição.
Enquanto isso, nas 2 Rodas Motrizes, e com o bi-Campeão Adão Pinto de fora após problemas de caixa de velocidades na corrida de Qualificação 2, já na manhã deste domingo, Luís Moreira (BMW 316) foi dono e senhor da Taça. Com um andamento claramente acima dos rivais, o piloto do único tracção traseira do fim-de-semana liderou de início a fim para garantir a conquista da Taça com praticamente dois segundos de margem sobre Bruno Campos. A fechar o pódio ficou Fernando Silva com o Seat Ibiza TDI, o único diesel do pelotão, mas já a mais de sete segundos da frente.
Mais emocionante foi o embate da Nacional 1.6, com o drama a surgir logo ao apagar das luzes, com Gonçalo Rocha a ficar-se no arranque com a caixa do Citroën Saxo partida. Uma estreia pouco auspiciosa para o jovem piloto proveniente dos Iniciados. Quem não se deixou afectar e de imediato tratou de se isolar na frente foi Jorge Costela. O domínio do piloto do Citroën Saxo foi tal que só aquando da passagem obrigatória pela Joker Lap é que se viu relegado para terceiro. Algo que tratou de resolver quando os rivais cumpriram também eles a sua obrigação. Sem ninguém pela frente, Costela teve apenas de se preocupar com o Campeão Ricardo Costa, que deu tudo para conquistar a dobradinha, mas acabou por ter de se contentar com o segundo posto a cerca de meio segundo da frente. Já o mais baixo do pódio ficou a cargo de Manuel Almeida, que precisou de cerca de mais três segundos para completar as sete voltas impostas nas Finais.
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