A 10ª jornada do Campeonato do Mundo de MotoGP, em Spielberg, Áustria, iniciou-se envolta em expectativa, sobretudo em relação a Miguel Oliveira, cuja primeira vitória na categoria-rainha de MotoGP aconteceu em solo austríaco, mas também devido ao potencial do piloto luso, sempre elogiado e aclamado, ainda para mais depois do seu regresso já 100% recuperado das lesões sofridas (em corridas anteriores) e com ânsia de vencer.
O fim de semana arrancou de forma positiva com Miguel Oliveira a conseguir qualificar-se diretamente para a Q2, mas, desenrolou-se não tão bem, já que sábado, aquando da ‘sprint race’, o piloto foi forçado a retirar-se da corrida, por ter sido novamente praticamente abalroado por outros pilotos. No domingo, Oliveira foi impossibilitado de poder concluir a corrida ‘longa’, por um problema mecânico na sua RS-GP22.
“Fui rápido no fim de semana, mas tivemos um pequeno problema durante a corrida [longa], um problema estranho, para ser honesto. Era um detalhe muito simples, mas que me fez abandonar. Os pesos que calibram a minha roda dianteira saltaram, e como efeito eu não podia fazer demasiada pressão na travagem, por causa da vibração, e tive de abandonar por causa disso”, refere o piloto natural da Charneca de Caparica.
Entrada direta para a Q2
Em especial, sexta-feira, Miguel Oliveira deu o seu melhor para chegar mais perto do topo possível. Na primeira sessão, rodou veloz e conseguiu um P17, embora ainda longe do seu objetivo pessoal. Já na única Sessão de Treinos a contar para a qualificação, conseguiu permanecer no top10 dos melhores tempos, tendo garantido entrada direta para a Q2, no dia seguinte.
“Hoje foi um dia difícil, mas finalmente positivo. Não senti que tinha o melhor ritmo no geral, mas consegui fazer um bom “time attack” e isso ajudou-me a ficar entre os 10 primeiros. Queria ter um pouco mais de tempo para trabalhar na moto, mas “é o que é” e temos que ficar felizes com os resultados. Para amanhã [sábado], vamos tentar algumas coisas para melhorar e tentarmos ser competitivos durante a qualificação e a corrida de velocidade”, conclui Miguel Oliveira.
Oliveira ensanduichado na Sprint Race
O ensolarado sábado prometia em termos de expectativas para a CryptoDATA RNF MotoGP Team e, embora Miguel Oliveira e o seu colega de equipa Raul Fernandez tenham apresentado uma qualificação forte e algumas melhorias ao longo da manhã, a sorte não esteve do lado da equipa na ‘Sprint Race’.
Oliveira fez uma volta incrível, quebrando a marca de 1:29 minutos para terminar apenas 0,427 segundos atrás da ‘pole position’ na oitava posição. Partindo da terceira linha da grelha, ficou imediatamente “ensanduichado” entre os seus concorrentes e não conseguiu encontrar saída, quando foi tocado e afastado na primeira curva, pelo que se viu obrigado a terminar a sua ‘Sprint Race’.
“Na minha perspetiva, é muito difícil de entender, fui atingido por todos os lados, quase caí e não pude fazer mais porque estava ‘ensanduichado’ naquela situação. É uma pena. Hoje com certeza foi difícil com as temperaturas quentes à tarde. Queria realmente ter tido uma ideia do ‘feeling’ para amanhã, mas infelizmente não conseguimos. Então, não há como nos prepararmos melhor para amanhã, só precisamos de ter a mente aberta e de dar tudo em pista. Estou bem fisicamente, não há lesões e estou pronto para tentar novamente amanhã“, afirmou otimista o piloto de 28 anos.
Já no domingo, o piloto natural de Almada, que largou da oitava posição, 3ª linha da grelha, voltou às boxes da CryptoDATA RNF MotoGP Team no decorrer da sétima volta, quando era 13º. Na origem da impossibilidade de terminar a corrida este um problema mecânico na sua Aprilia RS-GP, que se prendeu a falta de calibração da sua roda dianteira.
A próxima ronda de MotoGP acontece já no primeiro fim de semana de setembro, ainda em solo europeu, mais precisamente em Barcelona, Espanha; esta será a 11ª prova de MotoGP de 2023.
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